ABSTRACT
A biorremediaçäo natural, ou seja, o uso de microorganismos nativos para degradar substâncias periosas sem nenhuma estimulaçäo tecnológica, mostra-se como uma técnica promissora e de baixo custo para se aplicada no manejo de plumas de hidrocarbonetos de petróleo. Esta técnica exige que se faça uma total caracterizaçäo e monitoramento do local contaminado para se verificar se os processos de atenuaçäo natural continuam proporcionando uma adequada proteçäo de riscos. Um grande progresso tem sido feito na Europa e nos Estados Unidos para entender os fatores hidrogelógicos e microbiológicos que influenciam a biorremediaçäo natural de aquíferos contaminados por combustíveis. No entanto, esta experiência deve ser extrapolada com cuidado em locais contaminados no Brasil, onde a gasolina contém 22 por cento de etanol. Estudos preliminares de laboratório mostram que o etanol pode aumentar a solubilizaçäo dos compostos BTX. É necessário que se conheça os efeitos bioquímicos, físicos e ecológicos do etanol para que se desenvolva no Brasil uma base racional para seleçäo, modelagem matemática e monitoramento de sistemas apropriados de biorremediaçäo natural